sábado, 25 de outubro de 2014

Casas comigo?



Naquele 18 de julho, como que se os planetas estivessem no alinhamento certo, lá nos encontrámos, como toda a gente, por um acaso.
Curiosos um do outro passámos a noite a conversar, com urgências de nos conhecermos melhor.

Também como para os outros, lá vieram as translações da vida que fazem mudar as horas das relações, mas nós estávamos apaixonados e quisemos continuar juntos.

'Casas comigo?', era a pergunta que mais sonhava fazer-te.

Casámos num outubro em que várias pessoas juraram ter visto passar Noé e sua embarcação. Mas o sol brilhou no dia da nossa festa, no primeiro dos mais felizes dias das nossas vidas.

Olhando para ti hoje, não sinto que nos tenhamos casado e pronto, objetivo atingido! Sinto que a nossa vida continua viva. Todos os dias construímos mais um pouco de nós. Não simplesmente porque sim, mas porque, cansada ou não, tu tomas conta de mim e de nós.
O maior (enorme) valor que tu tens, não é o que eras quando te conheci, mas sim a capacidade que tens de ir buscar a força para conseguires lidar com uma série de azares e injustiças que tens tido na vida. E, o que é engraçado, é que queres essa força, não para ti, mas sim para tratares dos nossos filhos, de mim e de nós.
Cada vez mais, sinto ser muito importante a escolha das pessoas que queremos perto de nós. Elas podem fazer-nos muito mal ou muito bem. E tu fazes de mim o melhor que eu já consegui ser.

Suspeito que não haja folhas suficientes para te dizer o que adoro em ti. Por isso hoje apenas te digo que...:

Adoro as nossas conversas.

Adoro ver-te sorrir e ouvir-te gargalhar.

Adoro a tua companhia mesmo no silêncio dos nossos livros e pensamentos. Quando uma cúmplice troca de olhares ou uma suave festa (um toque apenas) nos relembra que estamos juntos.

Adoro quando ouvimos a nossa música.

Adoro sentir a tua companhia mesmo quando saíste ou eu ainda não cheguei.

Adoro o teu ronronar quando, eu, a meio da noite e por segundos, acordo, dou-te um suave beijo no pescoço e sussurro que te amo.

Adoro a tua companhia durante a correria da semana e no descanso do fim de semana.

Adoro aquilo que és para mim e o que me deixas ser para ti.

Sinto-me feliz!

Sinto-me feliz por reconhecer que o que sentes por mim. Nunca o tinha experimentado antes. Muito provavelmente porque o que tu sentes não é o resultado daquilo que eu, um dia, inventei que sentiam por mim.
Sinto-me feliz quando basta que os nossos olhares se encontrem para dizermos ou percebermos o que nos vai no pensamento. Quando em conjunto refletimos e decidimos o melhor para os nossos filhos.

As diferenças que temos (todos as têm) não nos são adversas pois sabemo-las encaixar. E isto faz o nosso casamento ainda mais forte.
Aliás, encaixar, deveria ser a palavra substituta para casamento. Gosto de pensar que o nosso não é como um simples puzzle de quarenta e nove peças mas sim mais como uma espécie de hipercubo de Rubik.

Quando sofro porque tu sofres ou rio porque tu ris, fundimo-nos mais um no outro. E quanto mais nos fundimos mais nos sentimos.

Tu pensas e ages como se o casamento não fosse para ti, mas sim para mim e, consequentemente, para nós.

Luísa, este é o sonho com o qual quero continuar a crescer o resto das nossas vidas.
Por isto tudo quero renovar hoje, perante ti e todos que lerem estas minhas palavras, a minha decisão de querer ficar contigo até… SEMPRE.

1 comentário:

  1. Uma linda declaração de amor, o desejo de estar junto, porque só assim vale a pena, ADOREI

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